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Semana Fashion Revolution Salvador 2025: moda ativista, ação coletiva e propósito

Mais uma vez, Salvador se conecta a um movimento global poderoso que pulsa propósito e consciência. De 22 a 26 de abril, a nossa cidade será palco da Semana Fashion Revolution Salvador 2025… uma programação que convida a pensar, sentir e agir por uma moda mais ética, transparente e responsável.

A mobilização parte do Fashion Revolution Brasil, que atua para ampliar o acesso à informação e engajar a sociedade em ações concretas por uma moda mais justa. E é a partir desse chamado que a rede local se articula e coloca a mão na massa… reunindo representantes, consumidoras, costureiras, criadoras, comunicadoras, estudantes, empreendedoras e pesquisadoras que acreditam na moda como ferramenta de transformação social.

E pra mim tem um gosto especial acompanhar tudo isso admirando o trabalho da amiga Ana Fernanda, com quem aprendi tanto sobre esses temas… Ela representa o movimento aqui em Salvador e é consultora de comunicação e pesquisadora em moda e sustentabilidade, com uma trajetória marcada pelo engajamento em pautas sociais e ambientais. Com sensibilidade e firmeza, ela e Marina de Luca têm articulado ações fundamentais para tornar o movimento cada vez mais plural e acessível na nossa cidade.

Confira a programação completa e vem com a gente fortalecer essa rede que costura futuro com afeto, consciência e responsabilidade…

OFICINA DE REAPROVEITAMENTO TÊXTIL
Quando: 22 e 23 de abril | 9h às 11h30 e 13h às 16h
Onde: Loja Humana – Piedade
Oficina prática para quem deseja transformar resíduos têxteis em novas possibilidades de uso. Ideal para iniciantes e entusiastas do upcycling.

BATE-PAPO | Diversidade, equidade e pertencimento na moda
Quando: 23 de abril | 17h
Onde: Faculdade de Comunicação da UFBA – Sala 5 – Ondina
Com: Sillas Filgueira, Dellamora Luz Kieva e Maruaia Castro.
Reflexão urgente sobre os corpos e vozes que são (ou não) incluídos no discurso da moda.

BATE-PAPO | Abadás como resíduos têxteis no Carnaval
Quando: 24 de abril | 18h às 20h
Onde: Laje da SECIS – Rua da Grécia, 14 – Comércio
Com: Ivan Euller (Secis), Hilza Cordeiro (Repense Reuse/Humana Brasil), Dija Costa (Milieco), Loyola Neto (Ecoloy/Liga do Bem), Carlos Viana Neto (Sotero Ambiental) e Projeto Refoliar.
Mediação: Marina de Luca (Fashion Revolution)
Um olhar crítico sobre a cadeia de consumo e descarte gerada por um dos maiores eventos culturais do Brasil.

Inscrições gratuitas pelo Sympla: Clique aqui

JORNADA FASHION REVOLUTION 2025 | QUE MODA CIRCULAR PODEMOS TER?
Quando: 25 de abril | 8h30 às 12h30
Onde: Auditório da Unifacs – Campus Tancredo Neves
Inscrições gratuitas pelo Sympla: Clique aqui

Realização do Grupo de Pesquisa Corpo e Cultura (UFRB/CNPq), com apoio da Unifacs, Pós-Cultura/UFBA e PPGCOM/UFRB. A jornada propõe um olhar crítico sobre os impactos das cadeias da moda e joalheria, estimulando soluções viáveis e conscientes.

Destaques da programação:

  • Abertura com a Profa. Renata Pitombo Cidreira
  • Mesa “Moda circular na prática: do descarte ao reuso”, com Aline Veiga, Larissa Iten e mediação de Mônica Rocha
  • Mesa “Re-pensando a materialidade na joalheria responsável”, com Ana Beatriz Simon, Leila da Cruz, Márcia Ceres e Débora Miscow; mediação de Gina Reis

DIA DA MANUALIDADE | ENCERRAMENTO DA SEMANA
Quando: 26 de abril | 13h às 17h
Onde: Museu de Arte da Bahia – Área externa
Uma tarde de trocas, saberes manuais e conexões reais com a moda local.

Programação:

  • Abertura com Yoga – Tarsila Ferreira
  • Oficina de upcycling – Sônia Bastos e Micaele Santos
  • Plantão de consertos de roupas
  • Construção de bonecas de tecido – As Fadas Bordadeiras
  • Bate-papo Fashion Revolution – Ana Fernanda Souza e Marina de Luca
  • Oficina de estamparia – Rafaela Monteiro
  • Oficina de joias com material descartado – Bia Simon
  • Bazar de trocas final

Pense global, aja local: quem é o Brasil na revolução da moda?
Essa é a pergunta que guia a Semana Fashion Revolution 2025 em todo o país — e aqui em Salvador, a resposta vem em forma de ação coletiva, crítica social e construção de futuros possíveis.

Participe. Divulgue. Construa. Essa revolução também é sua.

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Estilo Boho: Muito Além do Hippie Chic

Um termo que está em alta nas conversas de moda é o BOHO. Mas será que todo mundo entende, de fato, o que ele representa?

Muita gente associa o boho ao “hippie chic”, o que não está errado , mas a verdade é que esse estilo vai muito além de uma estética dos anos 70. Ele é uma fusão de referências culturais e estéticas que resultam em uma expressão cheia de personalidade.

“Boho” é a abreviação de bohemian, um movimento artístico e cultural do século XIX. Na época, os boêmios viviam à margem das convenções sociais, buscando uma vida mais livre, criativa e autêntica.

Essa liberdade e desapego às normas sempre é incorporada à moda, mas sendo ressignificada a cada geração.

As Influências por Trás do Estilo

O boho contemporâneo é o resultado de um verdadeiro mix de estilos. Ele une elementos de diferentes estéticas:

  • Hippie: tecidos leves, fluidez e um visual despretensioso.
  • Folk: bordados artesanais, franjas e materiais naturais como camurça e tricô.
  • Vintage: peças com referências retrô, geralmente garimpadas em brechós ou com ar de “peça com história”.
  • Gipsy: lenços, maxi acessórios, estampas paisley e uma mistura de cores vibrantes.
  • Western: botas cowboy, chapéus, cintos largos, com estética mais rústica e cores mais terrosas (maarons e beges).

Quais são as peças-chave do Boho?

Se você quer flertar com essa estética no seu guarda-roupa, estas são algumas peças clássicas do boho:

  • Vestidos longos e fluidos
  • Batas bordadas
  • Saias longas e esvoaçantes ou de couro com franjas
  • Franjas… inclusive em bolsas e jaquetas
  • Peças em crochê artesanal
  • Botas diversas
  • Acessórios em prata envelhecida com pedras naturais

Mas atenção… isso não significa que você deva usar tudo ao mesmo tempo ou sair comprando por impulso.

Tendência ou Estilo?

Cabe aqui uma pergunta chave: você quer adotar o boho porque está em alta ou porque ele condiz com o seu estilo?

É aqui que entra a Consultoria de Imagem. O estilo boho pode até ser uma tendência, mas ele só deve entrar no seu armário se fizer sentido para o seu estilo de vida, sua identidade visual e o que você deseja comunicar.

Se você se identifica com o chapéu western, com as franjas do folk, com os comprimentos gipsy ou com os tecidos leves… ótimo! Mas, se não faz sentido para você, não use.

Nâo esqueca que a moda tem o poder de comunicar quem você é. O boho pode ser uma ferramenta de expressão pessoal, mas precisa ser interpretado… e não apenas replicado.

Quer incorporar o boho de forma autêntica ao seu guarda-roupa?

Eu posso te ajudar com isso.

Por meio da Consultoria de Imagem, você descobre o que realmente combina com você… respeitando sua essência, seus objetivos e sua estética pessoal.

Mande uma mensagem e vamos juntas traduzir seu estilo.

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Goya Lopes no MAM-BA: quando o tecido é arte e memória

Hoje vivi uma emoção difícil de colocar em palavras. Fui à abertura da exposição “Okòtò: Espiral da evolução”, de Goya Lopes, no Museu de Arte Moderna da Bahia. E confesso: saí de lá profundamente tocada.

Goya sempre foi uma referência pra mim, mesmo antes de eu entender o que era moda. Há 25 anos, quando ainda trabalhava no aeroporto, eu passava na frente da loja onde seus tecidos estavam expostos… e parava. Encantada! Era como se aqueles panos me contassem histórias que eu ainda não sabia ler. Na época, eu nem imaginava que um dia trabalharia com moda. Mas Goya já me impactava, já me ensinava… silenciosamente.

Quando mergulhei nos estudos, compreendi o que meu olhar já intuía: Goya Lopes não é apenas estilista… é artista, é pensadora e é patrimônio vivo. Seu trabalho ultrapassa a estética. Seus tecidos são registros de memória, identidade e resistência. Ela entrelaça saberes ancestrais com linguagem contemporânea e transforma tudo em experiência cultural.

A exposição no MAM é um reconhecimento justo e necessário. Com mais de 50 anos de trajetória, Goya nos entrega uma mostra que reúne pinturas, gravuras, tecidos e uma instalação potente com fragmentos de sua produção têxtil. Uma verdadeira imersão no universo criativo de uma mulher que construiu um repertório visual profundamente ligado à cultura afro-brasileira e à história da moda baiana.

Sinto orgulho, reverência e gratidão por poder ver essa artista sendo celebrada como merece. E recomendo fortemente a visita.

A exposição está aberta no MAM-BA, a partir de amanhã, 9 de abril.
A curadoria é cuidadosa, o acervo é emocionante e a presença de Goya, mesmo em silêncio, ocupa cada canto da sala.

A moda é também sobre contar histórias e Goya é um capítulo essencial. (Emocionada!)

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4 Influenciadoras Inspiradoras na Moda

4 Influenciadoras Que Me Inspiram na Moda – E Por Que Você Precisa Conhecê-las!

Hoje quero compartilhar algumas influenciadoras que me inspiram aqui no Instagram.

Cada uma delas traz uma perspectiva única sobre moda: seja desafiando padrões, resgatando ancestralidade, inovando com criatividade ou trazendo novas formas de se expressar através das roupas.

@tephmarques — Mostra que moda é para todos os corpos, trazendo um olhar especial para quem tem uma estatura fora do padrão.

@estilodudaborges — Da Amazônia para o mundo, ela une história, ancestralidade indígena e maximalismo de um jeito incrível.

@roz_creativestylist — Com estilo clássico, ela usa criatividade para reinventar peças tradicionais, provando que moda e idade não têm limite.

@laurabrito — Além de vestir, ela cria! Com a máquina de costura, transforma peças e valoriza suas raízes nordestinas com muita autenticidade.

Essas são algumas das minhas inspirações! A ideia desse post surgiu quando uma amiga me perguntou que conteúdo eu consumia e me inspirava.

E você? Indica alguma produtora de conteúdo? Quem tem te ajudado a ver moda por outras perspectivas? Já se perguntou?

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Da Paris Fashion Week ao Grammy: O Conflito entre Restrição e Exposição do Corpo da Mulher na Moda Atual

Durante a última edição da Paris Fashion Week, as passarelas de Schiaparelli, Valentino e Dior apresentaram coleções que, embora inspiradas em estéticas do passado, reproduzem um modelo de vestuário que, longe de celebrar a liberdade, se caracteriza por estruturar rigidamente os corpos das mulheres.

Em vez de proporcionar conforto ou autonomia, os looks – com cortes e modelagens reminiscente de tempos em que o corpo feminino era rigidamente controlado – restringem movimentos e impõem uma estética que subordina a figura da mulher a padrões tradicionais.

Ao ver o uso de barbatanas em corselets, anquinhas e peças estruturadas, fui remetida à exposição El Cuerpo Vestido, que visitei no Museu de Design de Barcelona. A mostra foi um verdadeiro choque de realidade, apresentando trajes e estruturas de madeira que ilustravam os volumes e formatos do corpo idealizado para as mulheres em diferentes épocas. Historicamente, o vestuário feminino foi sistematicamente concebido para impor restrições, funcionando muitas vezes como uma ferramenta de controle social, em vez de promover a emancipação.

Comparando esse cenário da Paris Fashion Week com períodos passados, é possível notar que, mesmo diante de avanços na luta contra o patriarcado, a moda, em diversos momentos, recorre a referências históricas para retomar práticas de contenção e limitação. Seria esse o espírito do nosso tempo? O atual Zeitgeist?

Na mesma semana, a aparição de Kanye West ao lado de Bianca Censori reforçou esse debate. O rapper, conhecido por suas intervenções polêmicas, frequentemente utiliza os corpos femininos – expostos e transformados em meros acessórios para sua própria narrativa – como instrumento para demonstração do seu poder. Essa postura, longe de romper com antigas demonstrações de dominação, revela uma continuidade inquietante: os corpos das mulheres seguem sendo manipulados para servir a interesses que restringem sua verdadeira liberdade e conforto.

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Noite da Aclamação: Quando o Dress Code Celebra a Moda Baiana

E quando o dress code vai além da estética e se torna uma afirmação de respeito, criatividade e valorização da moda autoral baiana? Foi exatamente essa a proposta da Noite da Aclamação, que reuniu talento, identidade e sofisticação em uma celebração inesquecível.

Os looks da noite foram um verdadeiro desfile de arte e representatividade, com estilistas locais imprimindo sua assinatura única nos convidados. O resultado? Produções impactantes que reafirmam a potência da moda baiana.

Os anfitriões deram o tom de criatividade: Leo Santana (@leosantana) e Lore Improta (@loreimprota) brilharam em criações da Meninos Rei (@meninosrei), marca que também vestiu Vivian Amorim (@amorimvivian) . Mais tarde, Lore encantou com um vestido branco assinado pelo Ateliê Mão de Mãe (@ateliemaodemae), enquanto Leo se destacou em uma blusa de crochê vermelho, também da marca.

O mestre da palha, Ed Carlos (@ed_cdesign), vestiu a influenciadora Laura Brito (@laurabrito) com um vestido estruturado formando ondas, um verdadeiro espetáculo de design e artesania. Na coletiva de imprensa, Lore também escolheu um look assinado por ele, reforçando a riqueza dos trabalhos artesanais baianos.

O talento de Inttuí (@inttui_), de Wash (@washcarvalhoo) , foi destaque nos visuais impecáveis de Lucas Pizane, Giovana Lima, Alesson, Fábio e Uran, enquanto Monica Anjos (@marcamonicaanjos) trouxe sua força criativa para a apresentadora Val Benvindo (@valbenvindo) .

Ateliê Mão de Mãe, de Patrick (@patrickfortuna) e Vini, (@vinisantan_a), também vestiu Rafaela Moreira, reafirmando sua identidade vibrante e cheia de personalidade.

Cada look escolhido para a Noite da Aclamação reforça o poder da moda como expressão de cultura e identidade. Mais do que um evento, uma reverência ao talento e à riqueza da criação baiana!

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Exposição inédita no Museu do Louvre explora a história da moda da Europa

Pela primeira vez, o Louvre abre suas portas para uma mostra dedicada à moda, com peças de marcas icônicas como Chanel e Balenciaga, criadas entre 1960 e 2025, mas que dialogam com diferentes períodos históricos.

Se visitar todo o Louvre já exige tempo (estima-se que seriam necessárias 105 horas para explorar todas as suas obras), agora os apaixonados por moda terão mais um motivo para se demorar. A exposição “Louvre Couture: Objets d’art, objets de mode” foi inaugurada na última sexta-feira, ocupando 9 mil metros quadrados do maior e mais visitado museu do mundo.

Curada por Olivier Gabet, diretor do departamento de Objetos de Arte do Louvre, e com cenografia assinada por Nathalie Crinière, a mostra reúne 71 silhuetas e cerca de 30 acessórios de grandes nomes como Dior, Givenchy, Chanel e Balenciaga. As peças, que vão do luxo contemporâneo à inspiração histórica, traçam um diálogo entre moda, arte e design.

O percurso começa com criações em ouro, marfim e pedras preciosas que remetem à Idade Média, avança pelo Renascimento e chega ao século XIX, com roupas exibidas nos apartamentos de Napoleão III. Entre os destaques está um casaco desenhado por Karl Lagerfeld para a Chanel em 2019, inspirado em uma cômoda do século XVIII criada por Mathieu Criaerd.

Para Laurence des Cars, diretora do museu, a exposição revela como a moda se conecta profundamente com as artes decorativas e os objetos de arte. “Essa apresentação nos permite ver novas perspectivas de algumas das maiores obras-primas do Louvre, do período bizantino ao século XIX, reinterpretadas pelo olhar dos criadores contemporâneos.”

A exposição fica em cartaz até 21 de julho, e os ingressos custam 22€. As entradas podem ser adquiridas online.

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Arte, Cultura e Estilo: Um Encontro de Conexão Com A Potência de Exu de Alberto Pitta na Casa Arara de Verão

É um privilégio imenso estar diante de obras de Alberto Pita, artista plástico contemporâneo baiano, cuja arte carrega tanta ancestralidade, força e significado. Cada detalhe é um convite para refletir sobre a potência da cultura afro-brasileira e sua importância.

Apesar de não ser conhecedora das religiões de matriz africana, me interesso pela riqueza cultural que elas carregam. Posso estar errada, mas entendi que Exu, representado nessa obra, é movimento, transformação e abertura de caminhos. Acredito que quanto mais conhecemos culturas diversas, menos espaço damos aos preconceitos e mais abertos nos tornamos para o diálogo.

Laroyê, Exu! Que sua presença nos guie em caminhos de conexão, aprendizado e transformação.

Sobre o look… Esse conjunto já me acompanhou em várias ocasiões! Vocês já o viram por aqui em diferentes propostas, sempre com uma terceira peça ou acessórios que renovam completamente a composição. Ontem, decidi simplificar: nem bolsa levei!

O truque de estilo da vez foi a sandália amarrada por cima da calça. Isso trouxe um ar mais casual para a pantalona e, ao mesmo tempo, permitiu que eu usasse uma sandália rasteira sem que a barra da calça atrapalhasse enquanto eu dançava.

E aí, o que acharam dessa ideia? E do look?

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A Mensagem Oculta nos Looks de Melania Trump: Moda, Poder e Polêmicas

O chapéu de Melania Trump chamou a atenção pela forma como criou um distanciamento entre ela e o seu marido. Isso nos leva a refletir sobre a influência que uma peça de roupa pode ter na linguagem corporal.

Historicamente, o chapéu é um acessório funcional, utilizado como proteção, mas cada modelo carrega uma mensagem distinta. Alguns modelos, por exemplo, podem adicionar status social ao look.

No caso de Melania, o chapéu ocultou seu olhar, limitando sua comunicação visual e restringindo o acesso às suas emoções.

look de Melania, como um todo, nos leva a debater os símbolos da moda e seus impactos visuais.

Sobre a cor…

Ao optar por um alto contraste entre o off-white e o azul-marinho escuro, Melania causou uma percepção visual marcante. O azul-marinho, opaco, escuro e neutro, transmitiu sobriedade e seriedade.

Sobre o design…

A modelagem do sobretudo apresentou:

Linhas retas, que comunicam retidão e assertividade;

Pontas, que evocam uma sensação de risco, sendo percebidas como uma estrutura ameaçadora que desencoraja aproximação.

Essa escolha também se reflete no modelo do sapato: um scarpin de salto altíssimo, que simboliza controle e equilíbrio, evidenciado pela postura de Melania.

Sobre o tecido…

O tecido rígido, com fios grossos para garantir maior aquecimento, conferiu estrutura à peça, tornando-a firme e bem definida. Essa rigidez limitou a movimentação e eliminou qualquer sobra de tecido, proporcionando um ajuste preciso ao corpo. Melania vestiu uma peça produzida exclusivamente para ela, o que exigiu planejamento e antecedência.

Ao comparar o look da posse de 2017 com o de 2025, observa-se que o primeiro trouxe cores claras e linhas sinuosas, comunicando uma imagem mais acessível. Isso contrasta fortemente com as características visuais do look de 2025, que enfatizam distância, rigidez e autoridade.

A escolha de Melania reflete intencionalidade!

Todo o look revela um alinhamento coerente com as ideias que seu marido apresentou no discurso de posse para o atual governo.

Motivações passadas

Não é a primeira vez que Melania usa a moda com motivação. No passado, ela já protagonizou polêmicas fashions.

Em 2018, na sua primeira viagem oficial ao Quênia, Melania usou um chapéu branco redondo, modelo considerado simbólico, pois era associado aos exploradores europeus durante o período colonial.

Já em 2020, ao visitar crianças imigrantes no Texas, Melania vestiu uma parca com a frase “I really don’t care. Do u?” (“Eu realmente não ligo. Você liga?”). Na ocasião, ela afirmou que sempre escolhe suas roupas, reforçando a intenção por trás de cada peça usada.

E você? Quanta intencionalidade está colocando nos seus looks?

Que tal usar a moda para expressar quem você realmente é?

Contrate minha consultoria e descubra como transformar o seu estilo em uma ferramenta poderosa!

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Dona Fulô e Outras Joias Negras… vá!

Você já pensou em aprender moda e história ao mesmo tempo enquanto faz um belo passeio? E aqui vale a pergunta… quantas vezes você vai ao museu durante o ano?

A exposição ‘Dona Fulô e Outras Joias Negras’ me transportou para o passado, mostrando como as joias de crioula eram muito mais que acessórios. Era poder, era resistência!

Para mim, a moda vai muito além das tendências. É sobre entender os significados por trás das peças, os símbolos e a história que elas carregam.

Ela teve a curadoria feita por Carol Barreto, Eneida Sanches e Marília Panitz. Conta com obras de 22 artistas baianos contemporâneos e a rica coleção do baiano Itamar Musse faz parte da exposição.

E você, já teve a chance de visitar essa exposição?

Se ficou interessado ela estará no Museu de Arte Contemporânea até o dia 16 de fevereiro de 2025.

O que: exposição “Dona Fulô e Outras Joias Negras”
Quando: de 7 de novembro de 2024 a 16 de fevereiro de 2025. Terça a domingo, das 10 às 20h.
Onde: Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC) – Endereço: Rua da Graça, nº 284, Graça, Salvador (BA)

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