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Moda masculina de produção local como opção para o Dia dos Pais

Ainda não comprou o presente do Dia dos Pais? Vou te dar sugestões de presentes para os papais estilosos e que gostam de moda. Dá tempo! E todas as marcas listadas a seguir são daqui da Bahia.

Uma marca já consolidada no mercado soteropolitano é a Euzaria (@euzaria_). A marca, além de fazer moda, já foi engajada em diversos projetos sociais na cidade. Hoje, a cada peça vendida, há uma contribuição que garante um dia de aula para um jovem, através da parceria com o Instituto Aliança.  

Uma opção saída do forno são as camisas lançadas pela Preta Brasil (@pretabrasil). A marca idealizada por Luana Bonfim entrega pra Salvador uma moda afetiva que inspira liberdade para ser quem é. 

Para os papais que gostam de sofisticação, temos como opção a Ateliê 2 (@atelie_2 ). Na marca você encontra produtos de couro produzidos a mão, a exemplo de pulseiras, necessaires e objetos de decoração.

Como curtir um praia com o pai será sempre uma opção, em Salvador, também temos indicação de moda praia, um dos maiores mercados de produção local. Você sabe se a marca onde compra produz e gera emprego na cidade? Existe essa possibilidade! E uma dessas marcas é a Vivire (@universovivire), que conta com algumas estampas exclusivas, o que pode agradar o papai mais exigente, que gosta de se sentir especial.

Quem acompanha o cenário de moda local já ouviu falar da Meninos Rei (@meninosrei), assinada pelos irmãos Júnior e Céu Rocha. Quem ainda não conhece, vai encontrar uma marca de empreendedores que valorizam o estilo, a ousadia e a originalidade. A marca usa de estampas e modelagens que valorizam a ancestralidade africana.

E aí, gostou das dicas? 

Este texto foi postado originalmente no Aratu On https://aratuon.com.br/colunista/kikamaia/moda/moda-masculina-de-producao-local-como-opcao-para-o-dia-dos-pais

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Nada que você vista vai te trazer o prestígio que os homens têm.

Vou, de inicio, preparar vocês para me odiarem um pouquinho. O que venho publicar pode causar um certo desconforto, principalmente sendo dito por uma consultora de moda e imagem.

Vamos combinar? Nada que você vista vai te trazer o prestígio que os homens têm. Nós mulheres podemos vestir o mesmo terno, calçar o mesmo sapato, ter o mesmo corte de cabelo e ainda assim não teremos o mesmo olhar para a nossa competência. Exemplo disso? Os homens trans. 

Surpresa? No fundo não, né? Porque muitas de nós já passamos por isso! Sabia mais que ele, estava até mais bem vestida que ele, mas a promoção chegou para ele e não para ela. 

No meu caso, mesmo tendo o estudo mais aprofundado sobre moda, já me deparei com homem de conhecimento raso com ousadia para não me deixar falar. Quem presenciou ouviu os despautérios ditos.

Diante tudo isso, eu, enquanto crítica do meu próprio trabalho, vinha me questionando se não reforço o prestígio dos signos e das roupas vestidas pelos homens. Principalmente quando eu prego sobre os significados de cada peça. Quando falo da formalidade versus a informalidade de cada roupa. 

Tecido rígido? Formalidade!

Tecido fluido? Informalidade.

Pele mais coberta? Formalidade!

Mais pele à mostra? Informalidade.

Linhas retas? Formalidade!

Linhas curvas? Informalidade.

É cabível entender assim? Mais formal o que vem sendo, ou foi originado, pelo vestir dos homens? 

Outro ponto: será que eu também não estou reforçando o abismo das diferenças de gênero? Quando digo que babado é lido como romântico, delicado, e a risca de giz como mais imponente. Isso não reforça a opressão sobre as mulheres?

Pois bem, ao ler o livro “A Moda e o Cérebro”, de Nathalia Anjos, entendi que diante da neurociência você não consegue desconstruir os signos se não souber os seus significados. Eu não compreendia e me via indignada ao ver a ciência sendo usada para manutenção de opressões. Mas agora eu sei o porquê. Eu acredito no avanço da humanidade para um futuro melhor, e tenho enraizado em mim que a ciência pode – e deve – ser usada para isso.

Meu maior e melhor output este ano foi entender que para desconstruirmos as opressões através da moda precisamos “bugar o sistema”. Como fazemos isso? Usando os diversos signos em camadas e não nos colocando em caixinhas. 

Contem comigo enquanto consultora e militante feminista.

Este texto foi originalmente postado no Aratu On https://aratuon.com.br/colunista/kikamaia/moda/podem-saber-mais-usar-terno-mulheres-ainda-nao-tem-o-mesmo-prestigio-que-os-homens

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Kika Maia
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